22 de dez. de 2008
Ufa! Atualização completa!
Feliz Natal e um super Ano Novo a todos!
A revisão dos 3.000km
No agendamento, além da revisão normal, eu frisei para verificarem o freio traseiro, que fica frouxo muito rapidamente. Eu devo ter falado umas quatro vezes: "olha, não é regular a altura do freio, é verificar porque o freio desregula tão rápido!". E você acha que adiantou? Claro que não. Quando eu fui buscar a moto, eles tinham apenas regulado o freio. Eu fiquei uma fera!
Na 4a feira, eu liguei de volta para reclamar sobre isso, e combinei de levar a moto no sábado para eles darem uma olhada. No sábado (15), o mecânico me avisou que as lonas dos freios durariam só mais 1.000km! Aí sim, eu explodi. Poxa, as revisões agora são de 3.000 em 3.000 kms. Isso significa que eu só iria novamente encostar a Burgman quando ela chegasse aos 6.000. Mas, antes disso, aos 4.000, eu ficaria sem freios!!! Acha que pode?
Eu dei a maior bronca no vendedor, disse que era irresponsabilidade da concessionária não ter me avisado das lonas de freio quando eu deixei a moto na revisão. No fim, eles trocaram as lonas e eu já avisei que a próxima revisão, aos 6.000 (eu espero) será feita em outra loja. Vou levar a Debinha numa concessionária perto do meu trabalho. Assim, não preciso ficar sem ela. Deixo de manhã e busco à tarde.
Mais fácil, né?
O retorno do final de semana clínico
Eu deixei a Debbinha na concessionária no sábado (26), pois a revisão dos 1.000km estava marcada para 2ª feira (28). Ai, que saudade dela no final de semana. A revisão foi tranquila, gastei R$ 31,00. Ela ficou pronta no dia 28 mesmo, mas eu só fui buscá-la na terça-feira, e aí...
Aí, pela primeira vez, eu fui trabalhar pelas Marginais! Ao invés de ir pelo bairro, pela Pompéia, como eu sempre faço, resolvi ir pela Marginal, já que estava na Ponte do Piqueri. Foi muito legal! Principalmente porque estava o maior trânsito nas duas marginais, e eu pude ir pelo meio dos carros, sem problemas, hi hi hi...
19 de dez. de 2008
Final de semana clínico
Hehe, eu explico. À noite, eu levei a Madonna para tomar vacina. É a segunda dose! Então, mais um pouquinho e poderemos passear por aí!
No sábado, foi a vez da Debbinha! Ela chegou aos 1.000km (que gracinha), e está na hora dela fazer a primeira revisão. Depois disso, ela vai ganhar mais alguns acessórios. Eu pretendo instalar um bauleto e um pára-brisa mais alto. Eu vi em outra Burgman e achei o máximo, além de proteger do vento, pedrinhas e linhas com cortante. O pior é que vou ficar sem a Debbinha no final de semana, segunda e terça-feira! Snif, nem deixei a pratinha na concessionária e já estou com saudades.
Debbinha vai ao "médico"
Desde que a Madonna chegou, eu estou usando a Debbinha para ir e voltar do trabalho. Assim, eu fico mais tempo com ela, nesses primeiros dias de adaptação. Porém, acho que a Debbinha ficou com ciúmes da Madonna. Sexta-feira (04/07), o alarme da Debbinha resolveu disparar direto. Foi um sufoco! Ela tem um alarme de presença, então, a gritaria só parava quando eu chegava perto. Resumo da história: tive de guardar a Debbinha no estacionamento do trabalho (não pode, não tem vaga para moto! ) para deixar o sensor junto.
No sábado (05/07), eu deixei a Debbinha na concessionária, para verificar o alarme, regular o freio e ajustar o retrovisor esquerdo, que estava meio bambo. A coisa com o alarme foi tão séria que eles tiveram de trocar por um novo. Ainda bem que estava na garantia, e não custou nada. Depois de umas 5 horas no "hospital", a Debbinha saiu nova em folha.
Espero que essa atenção especial no final de semana tenha sido suficiente para aplacar o ciúme!
Minha fiel escudeira
Felizmente, eu tenho minha super-companheira! A Debbinha tem sido fundamental pra mim nestes últimos dias. Com ela, eu consigo ficar em casa por um pouco mais de tempo de manhã, e voltar mais rápido à noite. Eu fico super ansiosa por deixar a Madonna sozinha mas, quando estou com a Debbinha, tenho que me desligar de tudo e me concentrar somente nela e no trânsito. Assim, eu chego em casa desestressada e menos ansiosa, o que é bom pra mim e melhor pra Madonna.
Definitivamente, trazer a Debbinha pra família foi uma das melhores coisas que me aconteceram!
Viajar de burgman? Foi quase!
Enfim, por ela, eu espero que a Debbinha e o pessoal da Emburgman me perdoem por não ter participado do passeio. Daqui a uns meses, quando a Madonna estiver maior, quem sabe a gente não se junta à turma?
Que horror! Vandalismo no prédio
Consequências do acidente
Como eu ia dizendo, na primeira semana eu não conseguia andar direito. Na segunda semana, apesar da dor e do bronzeado verde-azulado, eu não tinha coragem de subir na Debbinha. No terceiro final de semana depois da queda, eu percebi que era hora de encarar meus medos.
Domingo, dia ensolarado. Vesti meu jeans e minha camiseta favoritos, peguei meu capacete cor de rosa e decidi dar uma volta pelo bairro. Quando cheguei perto da Debbinha, morri de dó! A coitadinha estava coberta de pó ! Dei uma boa limpada nela e levei quase 20 minutos para conseguir fazer o motor funcionar - nota mental: não deixar a Debbinha tanto tempo desligada! Subi e comecei a dar umas voltar dentro da garagem mesmo, que estava praticamente vazia. Quando me senti mais à vontade, resolvi sair para a rua. E não pensem que é fácil, porque não é! Eu moro em uma avenida, então sair da garagem já significa encarar o trânsito.
Como eu disse, foi um dia tranquilo e quase não havia trânsito. Logo saí da avenida e comecei a passear por dentro do bairro. Foi um passeio revelador. Primeiro, eu percebi que apesar do tombo, eu continuava apaixonada pela Debbinha. Depois, eu descobri um monte de coisas que eu nunca tinha reparado no bairro. Acho que andar de moto te deixa mais em contato com tudo ao nosso redor. Bem diferente de um carro, que te isola do mundo. Eu rodei por quase uma hora, e achei que devia me arriscar mais. Voltei para a avenida, e depois resolvi seguir até meu trabalho, na Faria Lima. Fui devagar, na minha, e em uma hora estava na porta do prédio. Me dei um sorvete de recompensa , e peguei o caminho de volta. Outra hora depois, estava de volta à garagem. Para uma primeira vez pós queda, acho que foi muito bom.
Na semana, resolvi encarar o trânsito. Escolhi a terça-feira. Não sei porque, mas acho que neste dia da semana há menos tráfego. Saí cedo de casa até o trabalho, e tudo correu bem. À noite, saí quando o trânsito estava mais pesado. Eu prefiro andar de moto assim, com os carros parados! Em cinquenta minutos, estava dentro de casa. E com a minha auto-confiança restaurada. Depois disso, a Debbinha tem me levado ao trabalho quase todos os dias.
Como é bom estar de volta!
O primeiro acidente
Eu me mantive na faixa da direita, atrás de um carro. Era mais seguro. Quando eu estava próxima ao metrô Brigadeiro, um carro veio não sei de onde e foi me empurrando em direção à calçada. Foi tudo tão rápido que eu não tive nem chance de buzinar para chamar a atenção do motorista. De repente, eu estava no chão. Eu bati a cabeça (ou melhor, o capacete), e todo o lado esquerdo do corpo. Meu braço e minha perna ficaram um hematoma só. O pior foi ouvir do motorista que a culpa era minha, que eu enfiei a moto entre os carros. O engraçado é que não tinha carro do meu lado direito. EU era o "carro" à direta dele. Em questão de segundos, tinha dois motoqueiros do meu lado, um tirou a Debbinha da rua, o outro me ajudou a levantar. Um terceiro queria bater no motorista, porque ele ficava gritando comigo. Por sorte, várias pessoas viram o que aconteceu e falavam que o carro era o culpado, e não a moto.
Nessa ocasião, eu pude ver o melhor e o pior do ser humano. Os motoqueiros não cansavam de perguntar se eu estava bem, se queria sentar ou beber água, se conseguia pilotar pra casa, e por aí vai... O motorista do carro só queria saber de ir embora, nem sequer se prontificou em verificar os prejuízos na moto. É, a Debbinha também saiu machucada, toda arranhada, tadinha...
No final da história, para evitar algo pior, como uma briga, eu mandei o motorista embora, disse que estava bem. Recuperei-me, montei na Debbinha e fui pra casa. Só quando eu estava dentro do apartamento, é que caiu a ficha do perigo que eu tinha corrido. Se a Paulista não estivesse congestionada, eu poderia ter sido atropelada ou arrastada por outro carro. Ainda bem que tudo ficou entre alguns hematomas e arranhões.
Mesmo assim, fica um lembrete para os motoristas de carro - eu inclusive:
RESPEITEM OS MOTOQUEIROS - VOCÊ PODE SER UM AMANHÃ!!!!
A primeira vez...
O primeiro passeio, pra valer, foi no feriado de 21 de abril. Era o dia perfeito: ensolarado, pouco trânsito, calmo. Peguei a Debbinha e fui dar umas voltas pelas avenidas próximas à minha casa. Quando me senti mais segura, me arrisquei a cruzar a ponte e ir para o outro lado do rio Tietê. Andei um pouco na Marquês de São Vicente, e então decidi encarar uma ladeira - a ponte da Pompéia. Tolinha... Com aquele shopping novo - o Bourbon - a ponte e as avenidas Pompéia e Francisco Matarazzo estavam paradas. Ah! Mas nada como estar de moto... Como muito cuidado, eu fui passando entre os carros, até chegar ao farol. Aí sim, segui em frente até um posto de gasolina. Eu tinha me esquecido do "ladeirâo" que é a Av. Pompéia. Enfim, respirei fundo e fui em frente. E continue pela Heitor Penteado, Henrique Schauman, Cardeal Arco Verde, Faria Lima. Quando percebi, estava em frente à empresa onde trabalho. Foi demais!
E teve outra primeira vez, quando eu realmente fui trabalhar de moto! Dia útil, trânsito, gente mal educada. De carro, eu demoro de 50 minutos a 1:30 horas da minha casa até a firma. Com a Debbinha, eu levei 1:20 horas! E nem tinha trânsito! Eu me senti muito insegura, os carros passando rápido do meu lado me assustavam. Acabei indo todo o caminho na faixa da direita, no lugar de um carro, calma e tranquila. Se alguém buzinava, eu virava pra trás e mandava beijinho! Eu é que não ia me arriscar! Se eles estavam com pressa, que fosse para a faixa do lado, até porque eu estava dentro do limite de velocidade! A volta foi mais fácil. Ainda tinha muito trânsito, mas fiz o percurso em 55 minutos. Eu estava pegando o jeito do brinquedo novo...
A compra da Burgman
Literalmente, eu era uma criança solta numa loja de brinquedos. Fiquei babando pelas motos grandes, poderosas. Mas, como eu sempre digo... Posso ser louca, não burra! Eu sei que preciso primeiro me acostumar com a moto, no trânsito, antes de partir pra alguma coisa mais forte. Por isso, a Burgman é perfeita. Leve, pouca potência, barata... Perfeita para eu dar minhas primeiras voltinhas em duas rodas. Fechei o negócio num piscar de olhos. Pena que não pude sair com a moto num piscar de olhos. Tive de esperar uma semana até a moto ser emplacada e os documentos providenciados. Foi uma das semanas mais longas da minha vida.
Enfim, numa terça-feira chuvosa (claro!), eu voltei na concessionária e retirei a Debbinha! O vendedor me deu todas as instruções que ele achou necessárias para mim. Depois de assinar toda a documentação, instalar o alarme e receber meu capacete prata de brinde, eu estava pronta para levar minha bebê para casa. É um trajeto curto, de 3 ou 4 quilômetros, no máximo. Hehe, só que eu levei quase 20 minutos para percorrer esses poucos quilômetros, porque quem passou a vida inteira dentro de um carro, quando sobe na moto pela primeira vez se sente - literalmente - nua!
Eu sentia o vento dos carros que passavam ao meu lado, toda a trepidação do asfalto remendado. Foi delicioso! E apavorante! Cheguei em casa com a Debbinha com o coração na mão. Não me sentia preparada para enfrentar o trânsito. Eu já sabia que não estava pronta, porque as aulas de moto-escola foram simplórias, apenas o suficiente para passar no teste do Detran. Ninguém que entre numa moto-escola sem noção nenhuma de moto - como foi meu caso - sai das aulas práticas apto a pilotar uma moto na rua, ainda mais em São Paulo. Acho que é por isso que ocorrem tantos acidentes com motociclistas.
Enfim, eu deixei a Debbinha em casa, peguei a Debbie e fui trabalhar. Achei mais seguro praticar um pouco no final de semana, antes de me arriscar no percurso para o trabalho. Mas essa história fica pra outro post.
O exame prático
Ok. Chegou o dia do exame prático. Que beleza! Eu sonhando com um dia bonito, ensolarado, acordo e dou de cara com um tempo tão ruim quanto na primeira aula de moto. Frio, chovendo, neblina, tudo o que eu não queria. Enfim, peguei a Debbie (veja post de 22/04/2008) e fui para o Parque do Ibirapuera fazer o exame. Cheguei bem cedo, na esperança de dar umas voltinhas na moto antes da minha vez.
Devia ter umas 50 pessoas para o exame. Os alunos da minha auto-escola começaram a fazer a prova às 8 horas da manhã. Lá estava eu, na chuva, ensopada, enxergando meio palmo a frente do nariz, porque a viseira do capacete estava cheia de bolinhas de água. Parei em frente ao início da pista, e aguardei o chamado do avaliador. Naquele momento, eu respirei fundo, e disse pra mim mesma: "Concentração, garota! Que essa vai ser de primeira". Quando o avaliador deu o sinal, eu comecei o percurso. Decidi andar devagar, com calma, já que pouca velocidade não reprova. Fiz o oito, o quadrado, o retão, o S (esse), o zigue-zague nos cones, a curva U e parei...
É, agora sim, eu estava diante do meu verdadeiro desafio, a "maledeta" PRANCHA. Tive de esperar quase 1 minuto até que o avaliador me mandou seguir. Nesse tempo, visualizei exatamente como eu queria passar naquele pedaço. Quando recebi o sinal, respirei fundo e fiz exatamente o que tinha planejado na minha cabeça. Fiz a curva e entrei bem no meio da pracha. Calma, fria, segura - e olhando pra frente, para a letra A do PARE, sem dar importância para a faixa amarela no chão.Acelerei, passei por ela e parei um pouco antes do sinal PARE no chão. Novamente, o avaliador mandou eu seguir para a área de espera. E lá eu fiquei, até que ele veio, me entregou um papel e mandou eu seguir em frente, devolvendo a moto para o instrutor. Ele não disse se eu tinha passado ou não, e também não me deu chance de perguntar, porque me largou com o papel na mão e a pergunta na ponta da língua.
Eu não podia fazer mais nada a nao ser seguir em frente. Hehe, podia fazer mais uma coisa, que era desabar. Eu tremia dos pés à cabeça, não sei se era frio ou nervoso. Entreguei a moto, o capacete e o documento ao instrutor, que ainda tirou sarro da minha cara, dizendo que o exame tinha sido anulado. Engraçadinho, ele, né? Mas, não, eu tinha passado! De primeira! E ele ainda me disse que eu tinha feito a prancha feito uma profissional. Me senti a dona do mundo.
Finalmente, aquela ladainha de aulas tinha acabado. Em uma semana, eu teria minha carta na mão, e poderia comprar minha moto. E foi assim mesmo que aconteceu.
Aula seis - A última
Era o fim do mundo pra mim! Eu estava na minha última aula com o instrutor. Se eu passasse no exame na semana seguinte, receberia minha carta. Fiquei pensando que, se eu não tivesse carta de carro, não teria a menor noção de como me comportar no trânsito. Eles não falam nada sobre seta, farol, via preferencial e por aí vai. Finalmente, eu descobri porque muitos motoqueiros agem como idiotas no trânsito. Eles não são idiotas, são mal treinados! Eles não foram instruídos sobre como se comportar na rua. Ou seja, não é culpa deles!
Bom, eu não quis nem saber. Chamei meu instrutor e pedi algumas aulas sobre a moto em si. Tirei algumas dúvidas sobre ela. Não pude resolver todas, porque o instrutor não tinha o tempo (e nem a paciência) de me ensinar. Achei um absurdo ele virar pra mim e dizer: "Olha, essas coisas você aprende na rua, quando estiver dirigindo sua moto, depois que tirar a carta". Dá pra acreditar? E isso é com todos os instrutores, sem exceção. Tudo o que eles fazem é preparar o aluno para a prova do Detran. O resto... Bem, é resto mesmo.
Fiz minhas últimas aulas e, mesmo não me sentindo preparada para fazer a prova, fui encarar o desafio. Mas isso fica pra outro post.
Aulas quatro e cinco
Depois do oito, vem uma reta seguida de oito (8) curvas quadradas. Aí uma curva mais leve e um "retão". No meio da reta, passamos por cima de uma calçada transformada em lombada. Mais umas curvas formando a letra S, e chegamos à área de cones. Temos que fazer um zigue-zague entre os quatro (4) cones, mais um curva no formato da letra U e temos um parada. Aqui, era o ponto mais complicado pra mim. O aluno tem que parar a moto, aguardar a liberação do instrutor e sair, fazendo outra curva em U e passar pela "prancha": uma faixa amarela pintada no chão. É necessário passar em linha reta nessa faixa, sem tremer a moto e claro, sem sair da faixa. No final, tem um sinal de PARE pintado no chão. Temos que parar antes do sinal.
Não sei porque, mas esta prancha foi meu pesadelo nas três aulas seguintes. Eu conseguia fazer o percurso de olhos fechados (figurativamente, claro! ), mas sempre que chegava nessa prancha, ou eu não conseguia me manter sobre a faixa, ou passava fora dela, ou balançava a moto, mostrando desequilíbrio. Era um saco. Ah! Tinha outra coisa que atrapalhava também: muitos alunos fazendo aula juntos. Pra ser sincera, acho que consegui dar duas, talvez três voltas na pista sem ter que parar com alguém na minha frente. Isso é horrível, considerando que você está treinamento para uma prova.
E as aulas continuam...
O segundo dia de aula foi um pouco mais divertido. Pelo menos não fiquei parada, acelerando a moto. Mas também ficar dando voltas feito um cachorro correndo atrás do rabo deixa de ser divertido depois da 5ª ou 6ª aula. Mas não pude fazer muito mais do que isso. Segui dandos voltas e mais voltas, olhando o pessoal andar nas pistas onde é feito o exame. Então, o instrutor incluiu um "desafio", parar a moto e sair novamente, ou seja, treinar o controle de acelerador e embreagem. Hehe, eu me lembro de como isso foi difícil de aprender no carro (um Fusca, em 1990). Mas na CG125 era brincadeira de criança. Engraçado como a prática do carro facilitou aprender a controlar a moto. Me surpreendeu. Enfim, foram mais duas horas de prática. Agora, eu já tenho 4 horas rodadas. Impressionante, né?
O terceiro dia de aula
No terceiro dia de aula, meu instrutor disse que eu já estava preparada para tentar a pista amarela. É uma área onde os aprendizes a motoqueiros começam a enfrentar alguns desafios do exame do Detran: curvas fechadas, o zigue-zague e o Quadrado - uma área com curvas bem fechadas, onde a melhor maneira pra passar e desacelerar totalmente a moto e deixá-la andar por conta. Essa parte também foi tranquila. Depois que o instrutor me deu algumas instruções, eu precisei de 3 ou 4 voltas na pista amarela para pegar o jeitão dela. Depois disso, foi passear no parque. No final das aulas - com mais duas horas na bagagem - o instrutor me disse que na próxima aula eu iria para a pista branca. Agora sim, as coisas estavam começando a progredir. Mas essa história fica pra outro dia.
A primeira aula
Finalmente, o instrutor foi me mostrar como fazer a moto andar. Tudo o que fiz foi dar algumas voltas ao redor de um canteiro que divide o estacionamento. Nas primeiras duas voltas, outro instrutor corria do meu lado, pra me orientar. Depois, me deixou dando voltas sozinha. Mesmo andando em circulos, foi uma delícia. Quando eu comecei a me sentir mais segura na moto, arriscando uns 20 km/h, a aula acabou. Eu fiquei muuito frustrada, porque queria mais. No final, a primeira aula só serviu pra me dar um gostinho de quero mais. Tá, eu admito, a moto me pegou de jeito. Foi como encontrar aquele gato, com aquela pegada... Tudo de bom.
A auto-moto-escola
Cá entre nós, acho essa história de primeiros socorros um absurdo. Como esperar que alguém que leu umas 20 páginas sobre o assunto saiba como agir no caso de um acidente? Acho um milagre não ter acontecido nenhuma desgraça até agora, provocada pela ação de uma pessoa não capacitada. Acho que as pessoas tem mais bom senso que as autoridades, e preferem chamar o resgate a tentar qualquer uma das manobras "ensinadas" naquele livreto.
Li o livreto umas duas vezes e lá fui eu fazer o exame teórico. Foi mais fácil do que eu pensei. Respondi a maioria das perguntas mais pelo bom-senso do que pela lembrança de algo do manual. Enfim, passei no teste e estava, finalmente, autorizada a iniciar minhas aulas práticas numa moto. O Detran determina que o aluno deve fazer, ao menos, 15 aulas de 40 minutos cada uma. Na auto-escola, marquei 5 períodos de 2 horas, ou seja, 3 aulas por vez. Todas elas às 7 horas da manhã, duas vezes por semana, no parque do Ibirapuera - local da prova prática. Então, a coisa parecia simples: em 3 semanas eu terminaria as aulas e poderia fazer a prova prática. Só que não foi tão simples assim. Mas isso fica pra outro post.
Quilometros rodados
Eu admito que tenho uma vantagem sobre a grande maioria dos motoristas de São Paulo: meu horário de trabalho é das 10 às 19hs. Tá, normalmente eu saio bem depois das 19!
Nas primeiras semanas, eu quebrei a cabeça tentando descobrir um bom caminho para ir e voltar. E eu errei, muuuuito, até chegar a um percurso que parecia o menos ruim... Sim... Menos ruim, porque não importa qual caminho eu escolha, vou enfrentar alguns pontos horríveis de trânsito: a própria Faria Lima, as Marginais ou a Vila Madalena e a Av. Pompéia, dependendo do lado que eu escolher ir. Em dezembro de 2007, foi o pior período do trânsito. Teve noites que eu demorei mais de duas horas pra chegar em casa. E são só 15 quilômetros! É ridículo! Eu não sei vocês, mas quem me ajudou muito nessa época, e virou meu "co-piloto" oficial foi a rádio Sul América. Todo esse trânsito me estressou demais. E eu só percebi como esse nervoso estava me afetando quando comecei a não querer sair de casa pra nada, porque não queria enfrentar o trânsito.
Foi aí que eu tomei a decisão de deixar meu carro em casa, e ir trabalhar de moto. Só que essa decisão não era tão simples assim de colocar em prática. Primeiro, eu sempre fui contra motos. E, nos últimos anos, vendo os abusos que muitos motoqueiros (entenda motoboys) praticavam e ainda praticam no trânsito, a convivência entre carros e motos virou uma guerra civil. Tudo para ver quem pode mais... É, o carro pode machucar feito um motoqueiro. E o motoqueiro pode cortar o trânsito, dando tchauzinho e deixando os carros a ver faróis.
Depois de pensar muito, eu decidi aceitar meu próprio desafio e ver o que uma moto tem de tão especial, para seduzir tanta gente. O que veio depois dessa decisão, fica pro próximo post.
Bom, é isso! Aos outros motoqueiros da web, um abraço. E até o próximo farol.
Onde tudo começou...
Enfim, como todo paulistano que usa o carro para trabalhar, estudar, se divertir, etc., eu também ando enlouquecida por causa do trânsito infernal que temos em São Paulo. Poxa, tem dó, né? Levar 2 horas para ir e mais 2 horas para voltar do trabalho não dá! Principalmente quando estou falando de míseros 15 quilômetros de distância. Por isso, tomei uma decisão: substituir meu carro por uma Burgman.
Sim, é uma decisão radical, porque eu sempre fui radicalmente contra moto.
Então, vejamos... Eu preciso aprender a pilotar, tirar habilitação da categoria A, comprar a moto e me aventurar no trânsito. É, muita coisa. Mas eu fiz tudo isso de fevereiro a abril de 2008. E é essa história que eu quero contar aqui no blog. Quem sabe outras pessoas que passaram/passam pelas mesmas experiências que eu, também queiram compartilhar suas opiniões. É pra isso que eu abri este espaço. Tenho quase um ano de histórias para atualizar, que pretendo registrar nos próximos dias.
A transferência
Se você quiser colaborar, incluindo textos ou sugestões de tópicos, é só avisar!
Abraços,
Veronica
Inauguração
Debbie é o nome do meu Palio, azul royal, uma gracinha!

Debinha é o nome da minha Burgman. Olha ela aí!

Neste blog, eu quero contar pra vocês sobre a nossa história. Como tudo começou, e todas as aventuras que vamos passar juntas.
Bom, é isso! Aos outros motoqueiros da web, um abraço. E até o próximo farol.