19 de dez. de 2008

Quilometros rodados

Trabalhei durante 12 anos na região da Av. Paulista. Quando se percorre o mesmo caminho durante tanto tempo, você acaba conhecendo cada centímetro do percurso. E eu vi muita coisa mudar nesse período, principalmente, é claro, a quantidade de veículos que compartilhavam do asfalto comigo. Em novembro/2007, troquei a uma avenida por outra, a Paulista pela Faria Lima, pertinho do cruzamento com a Rebouças. De uma hora pra outra, tudo era novo: o trabalho, os colegas, o caminho.

Eu admito que tenho uma vantagem sobre a grande maioria dos motoristas de São Paulo: meu horário de trabalho é das 10 às 19hs. Tá, normalmente eu saio bem depois das 19!

Nas primeiras semanas, eu quebrei a cabeça tentando descobrir um bom caminho para ir e voltar. E eu errei, muuuuito, até chegar a um percurso que parecia o menos ruim... Sim... Menos ruim, porque não importa qual caminho eu escolha, vou enfrentar alguns pontos horríveis de trânsito: a própria Faria Lima, as Marginais ou a Vila Madalena e a Av. Pompéia, dependendo do lado que eu escolher ir. Em dezembro de 2007, foi o pior período do trânsito. Teve noites que eu demorei mais de duas horas pra chegar em casa. E são só 15 quilômetros! É ridículo! Eu não sei vocês, mas quem me ajudou muito nessa época, e virou meu "co-piloto" oficial foi a rádio Sul América. Todo esse trânsito me estressou demais. E eu só percebi como esse nervoso estava me afetando quando comecei a não querer sair de casa pra nada, porque não queria enfrentar o trânsito.

Foi aí que eu tomei a decisão de deixar meu carro em casa, e ir trabalhar de moto. Só que essa decisão não era tão simples assim de colocar em prática. Primeiro, eu sempre fui contra motos. E, nos últimos anos, vendo os abusos que muitos motoqueiros (entenda motoboys) praticavam e ainda praticam no trânsito, a convivência entre carros e motos virou uma guerra civil. Tudo para ver quem pode mais... É, o carro pode machucar feito um motoqueiro. E o motoqueiro pode cortar o trânsito, dando tchauzinho e deixando os carros a ver faróis.

Depois de pensar muito, eu decidi aceitar meu próprio desafio e ver o que uma moto tem de tão especial, para seduzir tanta gente. O que veio depois dessa decisão, fica pro próximo post.
Bom, é isso! Aos outros motoqueiros da web, um abraço. E até o próximo farol.

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