Infelizmente, eu sofri algumas consequênicas a mais do meu primeiro acidente com a Debbinha... Eu fiquei com medo de andar de moto . Por quase duas semanas, eu não tive coragem de sair com ela. Bom, na primeira semana, eu não conseguiria pilotá-la nem que eu quisesse, porque a pancada no lado esquerdo do meu corpo foi tão forte, principalmente na perna, que eu mancava demais, mal conseguia colocar o pé no chão . Calma, calma! Eu fui ao médico, tirei radiografias da cabeça ao pé esquerdo () e graças a Deus foi só uma grande pancada mesmo.
Como eu ia dizendo, na primeira semana eu não conseguia andar direito. Na segunda semana, apesar da dor e do bronzeado verde-azulado, eu não tinha coragem de subir na Debbinha. No terceiro final de semana depois da queda, eu percebi que era hora de encarar meus medos.
Domingo, dia ensolarado. Vesti meu jeans e minha camiseta favoritos, peguei meu capacete cor de rosa e decidi dar uma volta pelo bairro. Quando cheguei perto da Debbinha, morri de dó! A coitadinha estava coberta de pó ! Dei uma boa limpada nela e levei quase 20 minutos para conseguir fazer o motor funcionar - nota mental: não deixar a Debbinha tanto tempo desligada! Subi e comecei a dar umas voltar dentro da garagem mesmo, que estava praticamente vazia. Quando me senti mais à vontade, resolvi sair para a rua. E não pensem que é fácil, porque não é! Eu moro em uma avenida, então sair da garagem já significa encarar o trânsito.
Como eu disse, foi um dia tranquilo e quase não havia trânsito. Logo saí da avenida e comecei a passear por dentro do bairro. Foi um passeio revelador. Primeiro, eu percebi que apesar do tombo, eu continuava apaixonada pela Debbinha. Depois, eu descobri um monte de coisas que eu nunca tinha reparado no bairro. Acho que andar de moto te deixa mais em contato com tudo ao nosso redor. Bem diferente de um carro, que te isola do mundo. Eu rodei por quase uma hora, e achei que devia me arriscar mais. Voltei para a avenida, e depois resolvi seguir até meu trabalho, na Faria Lima. Fui devagar, na minha, e em uma hora estava na porta do prédio. Me dei um sorvete de recompensa , e peguei o caminho de volta. Outra hora depois, estava de volta à garagem. Para uma primeira vez pós queda, acho que foi muito bom.
Na semana, resolvi encarar o trânsito. Escolhi a terça-feira. Não sei porque, mas acho que neste dia da semana há menos tráfego. Saí cedo de casa até o trabalho, e tudo correu bem. À noite, saí quando o trânsito estava mais pesado. Eu prefiro andar de moto assim, com os carros parados! Em cinquenta minutos, estava dentro de casa. E com a minha auto-confiança restaurada. Depois disso, a Debbinha tem me levado ao trabalho quase todos os dias.
Como é bom estar de volta!
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