19 de dez. de 2008

A compra da Burgman

Com a habilitação em mãos, eu fui direto para uma concessionária da Suzuki que fica perto da minha casa, porque eu já sabia exatamente o que eu queria: uma Burgman Prata, zero quilômetro. Eu já tinha pesquisado na Internet o preço, então sabia exatamente o que deveria procurar. Cheguei na concessionária em pleno domingo, 10 horas da manhã! Entrei cheia de certeza e, 5 segundos depois, não sabia mais o que eu queria. Uma coisa é você olhar as fotos das motos na Internet, ou então vê-las na rua, ao lado do carro. Outra coisa é você entrar numa loja e o vendedor colocaR diferentes modelos à sua disposição para um test-drive.

Literalmente, eu era uma criança solta numa loja de brinquedos. Fiquei babando pelas motos grandes, poderosas. Mas, como eu sempre digo... Posso ser louca, não burra! Eu sei que preciso primeiro me acostumar com a moto, no trânsito, antes de partir pra alguma coisa mais forte. Por isso, a Burgman é perfeita. Leve, pouca potência, barata... Perfeita para eu dar minhas primeiras voltinhas em duas rodas. Fechei o negócio num piscar de olhos. Pena que não pude sair com a moto num piscar de olhos. Tive de esperar uma semana até a moto ser emplacada e os documentos providenciados. Foi uma das semanas mais longas da minha vida.

Enfim, numa terça-feira chuvosa (claro!), eu voltei na concessionária e retirei a Debbinha! O vendedor me deu todas as instruções que ele achou necessárias para mim. Depois de assinar toda a documentação, instalar o alarme e receber meu capacete prata de brinde, eu estava pronta para levar minha bebê para casa. É um trajeto curto, de 3 ou 4 quilômetros, no máximo. Hehe, só que eu levei quase 20 minutos para percorrer esses poucos quilômetros, porque quem passou a vida inteira dentro de um carro, quando sobe na moto pela primeira vez se sente - literalmente - nua!

Eu sentia o vento dos carros que passavam ao meu lado, toda a trepidação do asfalto remendado. Foi delicioso! E apavorante! Cheguei em casa com a Debbinha com o coração na mão. Não me sentia preparada para enfrentar o trânsito. Eu já sabia que não estava pronta, porque as aulas de moto-escola foram simplórias, apenas o suficiente para passar no teste do Detran. Ninguém que entre numa moto-escola sem noção nenhuma de moto - como foi meu caso - sai das aulas práticas apto a pilotar uma moto na rua, ainda mais em São Paulo. Acho que é por isso que ocorrem tantos acidentes com motociclistas.

Enfim, eu deixei a Debbinha em casa, peguei a Debbie e fui trabalhar. Achei mais seguro praticar um pouco no final de semana, antes de me arriscar no percurso para o trabalho. Mas essa história fica pra outro post.

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