Ok. Chegou o dia do exame prático. Que beleza! Eu sonhando com um dia bonito, ensolarado, acordo e dou de cara com um tempo tão ruim quanto na primeira aula de moto. Frio, chovendo, neblina, tudo o que eu não queria. Enfim, peguei a Debbie (veja post de 22/04/2008) e fui para o Parque do Ibirapuera fazer o exame. Cheguei bem cedo, na esperança de dar umas voltinhas na moto antes da minha vez.
Devia ter umas 50 pessoas para o exame. Os alunos da minha auto-escola começaram a fazer a prova às 8 horas da manhã. Lá estava eu, na chuva, ensopada, enxergando meio palmo a frente do nariz, porque a viseira do capacete estava cheia de bolinhas de água. Parei em frente ao início da pista, e aguardei o chamado do avaliador. Naquele momento, eu respirei fundo, e disse pra mim mesma: "Concentração, garota! Que essa vai ser de primeira". Quando o avaliador deu o sinal, eu comecei o percurso. Decidi andar devagar, com calma, já que pouca velocidade não reprova. Fiz o oito, o quadrado, o retão, o S (esse), o zigue-zague nos cones, a curva U e parei...
É, agora sim, eu estava diante do meu verdadeiro desafio, a "maledeta" PRANCHA. Tive de esperar quase 1 minuto até que o avaliador me mandou seguir. Nesse tempo, visualizei exatamente como eu queria passar naquele pedaço. Quando recebi o sinal, respirei fundo e fiz exatamente o que tinha planejado na minha cabeça. Fiz a curva e entrei bem no meio da pracha. Calma, fria, segura - e olhando pra frente, para a letra A do PARE, sem dar importância para a faixa amarela no chão.Acelerei, passei por ela e parei um pouco antes do sinal PARE no chão. Novamente, o avaliador mandou eu seguir para a área de espera. E lá eu fiquei, até que ele veio, me entregou um papel e mandou eu seguir em frente, devolvendo a moto para o instrutor. Ele não disse se eu tinha passado ou não, e também não me deu chance de perguntar, porque me largou com o papel na mão e a pergunta na ponta da língua.
Eu não podia fazer mais nada a nao ser seguir em frente. Hehe, podia fazer mais uma coisa, que era desabar. Eu tremia dos pés à cabeça, não sei se era frio ou nervoso. Entreguei a moto, o capacete e o documento ao instrutor, que ainda tirou sarro da minha cara, dizendo que o exame tinha sido anulado. Engraçadinho, ele, né? Mas, não, eu tinha passado! De primeira! E ele ainda me disse que eu tinha feito a prancha feito uma profissional. Me senti a dona do mundo.
Finalmente, aquela ladainha de aulas tinha acabado. Em uma semana, eu teria minha carta na mão, e poderia comprar minha moto. E foi assim mesmo que aconteceu.
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